Para atender às normas de emissão de poluentes e, ao mesmo tempo, garantir melhor desempenho do motor, a indústria automotiva começou a monitorar com maior precisão a qualidade dos gases que saem do escapamento. Acompanhando a tendência, a NGK, principal fabricante de velas, cabos de ignição e sensores de oxigênio do mundo, disponibilizou ao mercado, sob a marca NTK, o sensor de oxigênio, também conhecido como sonda lambda. Parte do sistema de injeção eletrônica, o componente é responsável por identificar a condição da mistura de ar e combustível, enviando a informação à unidade de controle do veículo (ECU), o que resulta no consumo adequado de combustível, gerando economia ao dono do carro.
Com os dados recebidos, a ECU verifica a necessidade de corrigir a mistura, promovendo a melhor relação entre desempenho, consumo e emissões. Nos veículos com sistema flex, o sensor também desempenha a função de auxiliar na identificação do combustível utilizado.
Para funcionar corretamente, o sensor de oxigênio, assim como outros componentes, precisa ser checado periodicamente. Em más condições, não identifica a mistura de ar e combustível, o que pode provocar a carbonização das velas de ignição e excesso de combustível no catalisador, prejudicando o desempenho de ambas as peças. “Com velas de ignição e catalisador impactados pelo não funcionamento da sonda lambda, o veículo vai consumir mais combustível e aumentar as emissões de poluentes”, adverte Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK.
Segundo o especialista, o desgaste do sensor de oxigênio está fortemente associado ao uso de combustíveis de má qualidade. “Observamos maior incidência de desgaste prematuro deste componente no Brasil, onde a adulteração de combustível ainda é comum. Por isso, o motorista deve abastecer em postos de confiança, e solicitar ao seu mecânico que verifique o funcionamento do sensor.”
Prazos para revisão
Constantemente submetido a vibrações, altas temperaturas e contato com os gases do escapamento, o especialista recomenda a avaliação anual no sensor de oxigênio, ou a cada 30.000 quilômetros, por um profissional qualificado.
Segundo sensor de oxigênio
A segunda sonda, obrigatória desde 2011 em veículos leves movidos a gasolina, etanol ou GNV (gás natural veicular), faz parte do sistema OBD-BR2, On-Board Diagnostics (do inglês, sistema de diagnose de bordo). Sua função é verificar se o primeiro sensor e o catalisador estão atingindo os resultados esperados no controle de emissões do veículo.
Quando o primeiro apresenta funcionamento irregular, devido à contaminação, o painel de instrumentos do veículo acende uma luz de advertência, indicando problemas no sistema de controle de emissões.